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DIÁLOGOS DE SABERES: ENTREVISTA COM UMA PROFESSORA DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA M. E. F. THEODOMIRA LIMA

Hildenyze Rosa
Kátia Cavalcante

O uso das tecnologias nas escolas públicas faz parte da Política Brasileira de Informática Educativa implementada pelo Governo Federal desde 1984. Essa iniciativa de levar computadores às escolas públicas brasileiras tem como objetivo estimular o desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar voltada para a aplicação das tecnologias de informática no processo ensino-aprendizagem. Essas mudanças que adentraram os espaços das escolas trouxeram aos professores o desafio de aprender a lidar com a novidade em sala de aula, bem como reconhecer a necessidade de reflexão da prática pedagógica, a qual, desde então, necessita se adequar às demandas de uma sociedade contemporânea, regida pela construção do conhecimento em diferentes espaços virtuais.
Nessa perspectiva, faz-se necessário repensar a formação de professores da escola básica. Partindo desse pressuposto e como proposta da disciplina Técnicas e Recursos Pedagógicos visitamos no mês de junho, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Theodomira Lima e dialogamos com a Profª Esp. Sandra Patrícia Nascimento Kuroki*, atualmente docente da Sala de Informática dessa instituição, no turno da noite, no município de Bragança. Na ocasião, a professora relatou sobre as transformações que estão ocorrendo na rede municipal de ensino desde inicio do ano de 2018. A atual gestão da Semed (Secretaria Municipal de Educação), através da Equipe que coordena as Salas de Informática, fez uma reformulação nesse espaço pedagógico transformando-o na disciplina Informática Educativa, superando a visão de um lugar utilizado apenas como suporte às atividades curriculares da escola e atendendo às necessidades dos projetos desenvolvidos em sala de aula.
 Esse ambiente agora apresenta um caráter autônomo em suas atividades curriculares, tendo como propósito instrumentalizar os discentes para fazerem uso dessa tecnologia no seu cotidiano. Na opinião da professora, essas transformações são positivas para o melhor desenvolvimento da prática educativa dentro desse ambiente de ensino, que contribuirá significativamente para o aprendizado sociocultural dos alunos, uma vez que hoje vivenciamos a inclusão digital nas mais diversas esferas da sociedade.
Embora, as transformações pareçam promissoras quanto ao uso das tecnologias no município de Bragança, vale ressaltar que ainda há alguns entraves que dificultam a acessibilidade dos alunos às ferramentas tecnológicas e ao pleno exercício da prática educativa. As problemáticas observadas foram: estrutura física desproporcional com a demanda de alunos, quantidade de equipamentos insuficientes, falta de manutenção nas máquinas, dificuldade de executar ações em parceria com outros profissionais da educação devido à indisponibilidade de tempo, incoerência entre o programa (Linux) utilizado na escola com os programas usados no cotidiano e pouca formação pedagógica específica para os docentes que atuam na disciplina Informática Educativa.
Algo que nos chamou muito atenção foi a disposição da professora Patrícia Nascimento em garantir a inclusão digital dos seus alunos apesar das dificuldades apresentadas acima. Ela sempre está preocupada com o que vai ensinar, como promover esse ensino de forma significativa, a partir da realidade dos alunos. Suas avaliações servem para averiguar o aprendizado adquirido e o que ainda o aluno não assimilou como conhecimento básico para o uso das tecnologias no dia a dia. Desse modo, consideramos que a atividade foi satisfatória à discussão da disciplina para a formação acadêmica dos estudantes de Pedagogia da Faculdade de Bragança.



 Alunos da FABRA

Professora Patrícia Kuroki

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